quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Calabar e a retórica da traição



Não vou escrever este post porque foi o tema do meu TCC, este post é em homenagem a inspiração a minha escolha de cursar Letras. Meus braços arrepiaram e eu senti o fôlego faltar, eu tive certeza que a forma como eu veria as coisas seria diferente dali por diante no momento que me deparei com a contracapa do livro "Calabar - O elogio da traição" escrito por Chico Buarque e Ruy Guerra.

Na contracapa havia a seguinte mensagem:

"E se vocês rirem de mim,
Se eu for alvo de chacotas e chalaças,
Se for ridículo na jaqueta de veludo
Ou nas ceroulas de brim,
Ou porque falo tanto de caganeira e bacalhau,
É bom pensarem duas vezes, porque, ainda mesmo assim,
Com lombrigas dançando dentro da barriga,
Com a Holanda, a Espanha e toda a intriga,
Eu sou aquele que, custe o que custar,
Acerta o laço e tece o fio
Que enforca Calabar."

Minha primeira inquietação era: quem é esse Calabar? quem enforca Calabar? De quem eles riem?
Nem todas as respostas foram respondidas...sei que Calabar é um simbolo de personagens bastante conhecidos em nossa história: os que buscam outros caminhos ao que estão seguindo, ele trocou de lado na guerra de Portugal/Holanda/Espanha e pagou de traidor e Chico/Ruy Reiventaram esse personagem uma peça-título que aponta os traidores que buscam um novo grito as opressoes disfarçadas de bem comum...a política diz que a menosprezamos, masl tal como um bobo da corte, gosta dessa atenção que desviamos dela para fazer o que sabem: dominar sobre nós.
Traidores existem todos os dias: quem não gosta de carnaval, quem não é patriota, quem ri da política, mas não sei se prefiro ser covarde a ser traidor porque traidor mesmo é quem se afugenta na própria vida e não necessariamente quem passa ela decidindo o que é melhor pra si....

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